É um tópico que quase todos os paraquedistas enfrentam em algum momento de suas carreiras de paraquedismo: downsizing. E é uma discussão que a equipe da Performance Designs teve com vários paraquedistas de todos os níveis de experiência ao longo dos anos. Agora, com a maioria dos incidentes no paraquedismo ocorrendo sob velas totalmente abertas (e totalmente funcionais), é muito mais importante falar sobre quando é ou não apropriado reduzir o tamanho.
A PD leva este tópico a sério. Então, se você está pensando em reduzir o tamanho, aqui estão cinco perguntas que você deve se fazer primeiro:
1. Eu realmente preciso reduzir o tamanho?
Quando alguém que está pensando em reduzir o tamanho se aproxima da equipe de PD, a primeira coisa que o membro da equipe pergunta é: “Por que você quer reduzir o tamanho?” Você ficaria surpreso com quantas pessoas não sabem responder a essa pergunta.
Considere as razões que você pode dar: é porque outras pessoas lhe dizem que você está pronto para reduzir o tamanho? Você está com pressa de reduzir o tamanho para que possa aprender a mergulhar? E vamos ser honestos aqui… você quer parecer “legal” sob um velame menor e mais rápido?
Agora pergunte a si mesmo: minhas razões são apropriadas?
Em um vídeo no canal do PD no YouTube , Jason Moledzki – membro da PD Factory Team e fundador do Flight-1 – faz uma boa colocação:
“Você geralmente pode mudar para um tipo diferente de paraquedas e encontrar algo que será mais avançado, mais divertido, mais rápido e ainda mais emocionante para voar sem necessariamente ter que reduzir o tamanho para um paraquedas menor. O downsizing está realmente na moda… As pessoas pensam que querem fazer [isso], mas não é necessariamente o que devem fazer.” – Jason Moledzki sobre o downsizing
2. Eu entendo quais fatores de desempenho mudarão com um novo velame?
Há muitas considerações a serem levadas em consideração ao decidir reduzir o tamanho, incluindo com qual velame você está saltando no momento, quantos saltos você tem, com que frequência você salta e quais são seus objetivos… a lista continua.
Você também precisará considerar o tipo de asa para a qual irá mudar: é elíptica? É cross-braced? É um design de 7 ou 9 células? Você entende a diferença de desempenho com base em todos esses fatores?
Então pense no tamanho do novo velame. Tenha em mente que você experimentará um desempenho maior sob qualquer asa menor do que a que você saltou até agora, não importa o tamanho. Os velames menores são mais responsivos aos comandos, ampliando os efeitos de pequenos erros que podem passar despercebidos em velames maiores.
3. Tenho experiência suficiente sob meu velame atual?
O membro da PD Factory Team e fundador do Flight-1 Shannon Pilcher, um dos pilotos de velame mais experientes, disse isso em seu vídeo no canal da PD no YouTube:
“As pessoas muitas vezes cometem o erro de reduzir o tamanho para melhorar o desempenho em vez de aumentar ou treinar seu nível de habilidade. Qualquer que seja o paraquedas que você tenha, as pessoas que estão observando você no chão devem vê-lo pousar e pensar: ‘Cara, esse cara é um piloto de velame foda’. Se você não pode pilotar seu velame em várias situações com as quais pode ser confrontado, então você não tem como reduzir o tamanho ou mudar os modelos para algo mais esportivo ou mais rápido.” – Shannon Pilcher sobre o downsizing
A experiência leva tempo. Não se ganha experiência com um punhado de saltos ou mesmo centenas, mas com meses, anos e até décadas de educação e prática. É a partir da experiência que os paraquedistas aprendem a pilotar seus velames em quaisquer condições.
Trezentos saltos equivalem a aproximadamente 10 horas de voo de velame. Pete Allum, instrutor do Flight-1 e veterano de mais de 30.000 saltos, usa uma ótima analogia em seu artigo da SkydiveMag.com “ The Two Ways to Die ”.
“Quando aprendemos a dirigir, ficamos nervosos e cometemos erros, mas depois de pouco tempo, mais de 10 horas, aprendemos o básico, nossa consciência e habilidades aumentam lentamente (e dirigir é uma atividade cotidiana muito normal). No entanto, se alguém nos pedisse para dirigir um carro de Fórmula 1 em alta velocidade no trânsito após apenas 10 horas de experiência de condução, perguntariamos se eles são loucos”.
Maxine Tate, diretora de operações do Flight-1 e da PD Factory Team, diz: “Há uma enorme diferença entre passar essas 10 horas apenas descendo depois de um salto e realmente dedicar tempo para aprender todos os comandos de controle do velame disponíveis. É importante conhecer seu velame e como usar todas as ferramentas de emergência.”
4. Posso pousar confortavelmente meu velame atual em condições abaixo do ideal?
O pouso é fácil quando você conhece a área de pouso como a palma da sua mão, os ventos são leves e variáveis, não há problemas de tráfego e tudo corre conforme o planejado. Mas o que acontece quando as condições são piores do que as ideais? E quando tudo sai fora do padrão, o local é ruim e a única direção que você pode pousar é com vento de calda, alguém te corta, o filho ou cachorro de alguém corre na sua frente quando você está pousando? Não assuma que só porque você conhece bem sua área de pouso, você estará seguro sob um velame menor. A realidade é que você não pode controlar as ações de outros paraquedistas e pessoas.
O que nos leva ao nosso último ponto.
5. Pedir conselhos a instrutores e fontes confiáveis?
Fazer as perguntas certas às pessoas certas ajuda bastante. Não tome como certo que as pessoas que lhe oferecem conselhos sobre redução do velame realmente sabem do que estão falando. Considere as pessoas com quem você está falando. Eles são treinadores de velames respeitáveis? Instrutores? Eles têm bons registros de segurança? Procure fontes e conselhos apropriados e ouça-os.
Esse artigo foi traduzido do site da blog.performancedesigns.com e você pode ler o artigo original clicando no link abaixo:
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