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Progressão no Wingsuit – Voltando Para Casa (Vivo) – Parte 4

Wingsuit Next Level
Fonte: Squirrel

Progressão no Wingsuit – Voltando para casa. Neste artigo vamos falar sobre um dos maiores problemas para as DZs, que são também as grandes causas de acidentes e mortes na modalidade: Colisões no ar, pousos fora da área, panes e situações com velames na abertura. Nós pilotos de WS devemos levar esses tópicos mais a sério…

Se você ainda não leu os primeiros artigos dessa série, abaixo seguem os links:

Voltando para casa (Vivo)

Temos muito que pensar.

Existem muitos fatores a serem considerados… não bater na cauda do avião na saída, evitar colisões no ar, ter certeza que os outros grupos estão seguindo o plano de voo combinado, ter certeza que o seu grupo esteja seguindo o plano de voo, estar consciente onde os pilotos do seu grupo estão durante o salto, navegar de volta para a DZ, voar o seu slot e ser previsível, separação em um espaço aéreo seguro, saber onde os outros grupos estão na hora da abertura, abrir o seu velame de forma simétrica com a posição do corpo correta e velocidade ajustada, ajustar sua posição em relação ao tráfego de velames na hora do pouso, saber as regras da DZ e finalmente pousar de volta na área. Ufa! Parece muita coisa para lembrar e executar, certo? Realmente é!

Wingsuit nas nuvens
Fonte: Squirrel

Voar WS requer muito treino, estudo, prática e dedicação. Não da para fazer só de vez em quando, você tem que entrar de cabeça e focar. Todas essas habilidades vem com o tempo e merecem respeito e atenção total. Sua vida está em jogo, assim como a vida de outras pessoas. 

Um salto de WS tem várias coisas que podem dar errado e qualquer erro pode ser fatal. 

“Não brinque com essa disciplina, leve a sério e respeite seus limites e os outros envolvidos.”

Começando pela saída, como mencionamos nos artigos anteriores, bater na cauda do avião é a nossa primeira preocupação. É um trabalho em conjunto entre o piloto do avião e o piloto de WS, sendo o piloto de WS o coadjuvante maior. Se o avião não estiver voando na configuração correta na hora da saída, simplesmente não saia. Simples assim. (A não ser que seja uma emergência e o piloto tenha dado a ordem para sair.)

Wingsuit BMW
Fonte: Esquire Middle East

A segunda fase do salto é o voo, onde diversas situações podem acontecer, várias chances de colisão com outros pilotos. Você deve saber como sair do avião completamente estável com a asa que está voando, aproximar a formação de forma segura, navegar o salto de acordo com seu slot e saber onde deve abrir o seu velame. Isso tudo, você deve saber na prática. Acabou de pegar uma asa nova? Parabéns! Não vá querer saltar com outros atletas já de cara. Pega intimidade com a asa primeiro, faça uns saltos solos, explore diversos cenários antes de começar a saltar em grupo. Uma saída instável, uma aproximação da formação descontrolada ou uma abertura instável podem criar cenários perigosos para você e outro atletas no céu.

Para planejar um salto e abrir o seu velame no espaço aéreo correto, você é OBRIGADO a saber as condições dos ventos de camada, incluindo ventos na reta de lançamento, na altura da abertura e quando estiver navegando seu velame. Isso tudo antes mesmo de planejar o salto. E óbvio, saber quem está na sua decolagem e o que eles pretendem fazer. É muito fácil pousar fora da área quando se voa um wingsuit e vários pilotos não levam isso a sério.

Formação de Wingsuit
Fonte: Desconhecido

Alguns pontos que os praticantes de Wingsuit deveriam levar mais a sério

“Tome as devidas precauções para reduzir as chances de uma pane: escolha o velame adequado para a prática da disciplina e simule as técnicas de comando como se sua vida dependesse disso.”

Bater na cauda do avião: Com o passar dos anos, já vimos muitos atletas quase batendo na cauda do avião muitas vezes. A diferença entre se quebrar todo e destruir a cauda da aeronave pode ser questão de alguns centímetros e isso acontece direto, várias vezes em um dia de saltos na DZ. NÓS PRECISAMOS PRESTAR MAIS ATENÇÃO NISSO E TRABALHAR EM CONJUNTO COM OS PILOTOS PARA ATINGIRMOS NÍVEIS DE SEGURANÇA MAIS ALTOS!

Colisões em queda livre: É uma situação que todos devem evitar a todo custo. Muito do que foi falado nessa série de artigos é para evitar esse tipo de acidente. Todos nós deveríamos ser mais conservativos neste ponto.

“Uma pane no velame principal no wingsuit, acarreta muito mais riscos.”

Panes: Muitos atletas acham que desconectar o principal é brincadeira. Deu pane, desconecta e boa! Perder o seu principal deveria ser a sua última preocupação – Uma pane no velame principal no wingsuit, acarreta muito mais riscos. Não existe garantia nenhuma que você terá acesso ao seus punhos de emergência, que o seu reserva vai abrir sem twists ou que você vai estar perto de uma área de pouso segura. Tome as devidas precauções para reduzir as chances de uma pane: escolha o velame adequado para a prática da disciplina e simule as técnicas de comando como se sua vida dependesse disso.

Saida de wing suit
Fonte: The Man

Pouso fora da área: É mais sério do que só pagar a cerveja. Pousar fora da área pode ser perigoso, além de afetar o esporte e os negócios da DZ. Se você não faz parte da solução (pousar de volta na DZ sempre), então faz parte do problema, criando uma imagem ruim para a disciplina perante toda a indústria do paraquedismo. Nenhum dono de área, que às vezes nem tem staff o suficiente, quer ficar procurando um piloto de WS que pousou sei lá onde e ainda com as chances de ter se quebrado e de repente ter que fechar a operação pelo resto do dia. Ou seja, PREJUÍZO.

Fly bys: Passar voando perto de um velame no céu é incrível. Ter um objeto como referência, cria a percepção do quão rápido você está voando e ainda dividir esse momento com um amigo voando o velame não tem preço.
Planeje o fly by com cuidado, saiba as condições do dia, se nunca tiver feito algo parecido, se informe e faça isso com alguém experiente. Se vai você e um amigo de cara, ninguém com experiência, já aconteceram muitas situações “quase morremos” de atletas tentando fazer isso. O que acontece também é o piloto de WS focar demais no fly by e perder a consciência de altitude e terminar abrindo o velame bem baixo. E como já foi mencionado, as panes com wingsuit são mais perigosas, não faz sentido comandar baixo.

Nunca faça fly bys sem o piloto do velame saber. Curvas inesperadas, especialmente se tiverem altitude para queimar, podem gerar uma combinação catastrófica.

Às vezes mudanças na pressão atmosférica, direção do vento pode afetar a sua linha de voo e se você foca em um velame só, acaba não enxergando os outros. Tudo isso faz com que fly bys sejam mais complexos do que muitas pessoas pensam.

Tandems nem precisa comentar. Pior ideia possível. 

Voo de Wing suit
Fonte: Desconhecido

Chegamos ao final dessa série, espero que tenha gostado.
Compartilhe no grupo da DZ e deixe seu comentário contando o que achou.

Esse artigo foi traduzido do site da Squirrel e você pode acessar a versão em inglês clicando aqui.

Bons saltos! 

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