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A Importância do Salto Baixo (Hop ‘n’ Pop)

Fonte: Ultimate Skydiving Experiences

Quantos saltos baixos você já fez na vida? Sabe a importância do salto baixo?
Tenho certeza que muitos de vocês podem contar nos dedos o número de saltos baixos que ja fizeram.

Ah, mas a queda livre que é irado! Saltar com os amigos e se divertir. Depois que abro o paraquedas, só quero chegar no chão e me manifestar para a próxima decola. Certo?

Hummmm… Certo, mas você sabia que a maioria dos acidentes ocorrem com o velame aberto? Por que não dar mais ênfase onde corremos mais riscos e melhorar nossas habilidades? Sem contar que no caso de uma pane na aeronave, você terá que sair estável ou tentar e comandar sem pensar duas vezes.

Neste artigo vamos abordar algumas questões onde o salto baixo, mais conhecido como hop ‘n’ pop pode ajudar na sua jornada e até mesmo salvar sua vida em uma emergência.

Fonte: Skydive Jurien Bay – Uma boa técnica para já sair com o vento relativo em um Cesninha

Salto Baixo ou Hop ’n’ Pop

Na maioria das DZs ao redor do mundo esse tipo de salto é feito a 5000 pés. Isso vai variar de DZ para DZ, mas é uma altura bastante usada. A 5000 pés você tem MUITO tempo para praticar a saída estável e ainda ter um tempo de queda livre. Caso não tenha feito muitos saltos, e aconteça de ficar instável, use essa oportunidade para melhorar a sua saída. Repita isso várias vezes.

Fonte: Skydive Mag – Foto: Dani Roman – Saída perfeita com vento relativo

Vantagens de fazer um salto baixo

  • Praticar vários tipos de saídas com o vento relativo
  • Muito menos tráfego de velames, você tem o espaço aéreo todo para você. Pode praticar várias manobras e treinar para ser um piloto melhor, sem ter que se preocupar com mais 15 atletas ao redor
  •  Você vai pousar praticamente sozinho e pode praticar novas técnicas de pouso como pousar perto de um alvo por exemplo
  • Em caso de uma pane na aeronave, dependendo da gravidade e altura, você vai garantir uma saída estavel e comandar o seu velame principal ou reserva sem maiores problemas
  • Geralmente são saltos mais baratos

Existem DZs como em Dubai, que exigem que o seu primeiro salto seja um salto baixo. Você consegue ter uma noção da figura geográfica lá de cima e como é uma DZ muito movimentada, eles também analisam a sua noção do espaço aéreo e o seu pouso. 

Fonte: Skydive Mag – Foto: Dani Roman – abertura imediata após saída

Quando Fazer Saltos Baixos

  • Depois de terminar o seu AFF. Esse é um salto desafiador, parece que está muito baixo e você fica pensando, se ficar instável e toda aquela adrena começa a bater. Respire! RS. Você tem bem mais tempo do que imagina. Saindo a 5000 pés, você tem 10 segundos para chegar a 4000 pés (velocidade terminal). É tempo demais! E ainda tem mais 5 segundos de quebra se for abrir a 3000 pés 
  • Vai saltar um velame novo? Fazer um downsize? Por que não tirar o dia e fazer alguns saltos baixos para se acostumar com o brinquedo novo? 
  • Curso de velames. Essa é uma ótima oportunidade para praticar saídas e fazer os exercícios passados pelo instrutor. Bem provável que seja um ou dois dias só de saltos baixos. Já falamos aqui várias vezes, faça um curso de pilotagem de velames sempre que tiver uma oportunidade.
  • Nuvem baixa. Sabe aquele dia que o tempo tá ruim e não tá com cara de que vai melhorar? Às vezes a camada de nuvem está abaixo de 5000 pés mas dá para fazer umas decolagens e mandar a galera para fazer uns saltos baixos. 
  • Convidar um amigo e fazer saltos baixos por um dia, voar perto um do outro e servir de referência para aprender como o seu velame se comporta durante um flare, quanto de atitude perde em uma curva, são ótimos exercícios e o aprendizado é grande.
  • High Pulls/Flocking. Quando algum instrutor experiente organiza um salto com um número maior de atletas e todos abrem a uma altitude mais alta que 5000 pés. A intenção deste salto é voar os velames em formação. Um salto super divertido quando a carga alar dos participantes é similar e o salto é bem organizado.
  • Saltos de demonstração. São sempre saltos baixos, geralmente mais baixos que 5000 pés. Adrenalina gostosa!

Fonte: Skydive Arizona

O Que Fazer Quando Têm Mais Atletas Fazendo Salto Baixo na Mesma Decolagem

Vamos dizer que o salto será a 5000 pés e temos 4 atletas fazendo salto baixo. A decolagem deve ser organizada pelo jump master e por carga alar, sendo, quem tiver a carga alar mais alta, salta primeiro e assim sucessivamente. Dessa forma, a ordem de pouso fica mais lógica e a intenção é evitar um tráfego alto de velames perto do chão.

Exemplo:

  • Atleta 1: 12 segundos de queda livre – abertura a 3500 pés 
  • Atleta 2: 7-10 segundos de queda livre – abertura a 4000 pés 
  • Atleta 3:  5 segundos de queda livre – abertura a 4500 pés 
  • Atleta 4:  sai e abre o velame imediatamente após passar a cauda do avião 

Fonte: Dropzone.com

Aeronave

O tipo de saída, vai depender muito da aeronave da sua DZ. Se salta de um Cesna 182 ou um Skyvan são duas saídas completamente diferentes. Não fique com vergonha em perguntar a alguém dicas de como sair. Cada aeronave possui sua particularidade e detalhes que temos que prestar atenção.

Fonte: Skydive California –  Uma vez que você domina a saída básica do avião de forma segura, tentar outras posições vira diversão.

Conclusão

Quanto mais experiente você ficar, mais vai gostar de voar o seu velame. Assim que a carga alar aumenta um pouco, juntamente com a sua confiança e conhecimento, é diversão pura!

Sabemos que muitas áreas do Brasil não oferecem saltos baixos por não serem tão lucrativos e entendemos os desafios da aviação e do paraquedismo. Mas é algo para se pensar e conversar. Ficar atentos quais as Dzs que oferecem. De repente programar uma trip, conhecer um lugar novo e explorar uma área nova. 

Bons Saltos!

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1 comentário em “A Importância do Salto Baixo (Hop ‘n’ Pop)”

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