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Prioridades na hora do pouso (em ordem)

Todos nós passamos um bom tempo sem saltar, provavelmente meses desde o seu último salto. Relembrar algumas coisas antes do seu próximo salto não é uma má ideia.

Chegou na área, de repente bate aquela adrenalina, você fica nervoso e preocupado com o seu pouso? Muito tempo sem saltar, né?

Normal! Acontece com muita gente, então é uma boa oportunidade para rever algumas coisas que você aprendeu durante o seu AFF. Por que revisar esses procedimentos é tão importante?

Se seguirmos os procedimentos em ordem, temos mais chances de executar um pouso seguro e com sucesso.

(Imagem por Alê Gesta)

1- Pouse com o velame nivelado

Se o seu velame estiver nivelado, voando reto, em um linha horizontal em relação ao chão, você quer manter essa posição antes do seu pouso. É muito mais fácil pousar com velocidades horizontais do que com velocidades verticais, no caso de uma curva baixa ou muitos consertos com o batoque na reta final.

2- Pouse em uma área vazia onde haja pouco tráfego

Sempre procure evitar obstáculos e áreas de grande tráfego (pousar onde todo mundo pousa, perto do hangar). A melhor maneira de fazer isso é planejar e antecipar. Se um dia você fizer a curva final (Ponto C) e identificar qualquer tipo de obstáculo, faça correções o quanto antes. Quanto mais rápido você agir, menor será a correção a ser feita e voltando ao tópico número 1, o velame estará totalmente inflado, reto, nivelado. Aumentando as suas chances de ter um pouso com sucesso.

(Imagem por Alê Gesta)

3- Flare simetricamente até pelo menos meio freio

  • Esse movimento do flare, muda o ângulo de voo do velame, diminuindo a velocidade e descida vertical, contribuindo para que você execute o tópico número 1.
  • Simetria no flare é fundamental para manter um velame voando reto. Qualquer tipo de assimetria no movimento pode influenciar o velame a virar para um lado e complicar o seu pouso.
  • A técnica dos meio freios (trazer os batoques até a altura dos ombros) é uma referência para que você possa diminuir a sua velocidade e planar o seu velame eliminando a descida vertical. Cada piloto e cada velame tem suas particularidades e tempos diferentes de se fazer o flare. Qualquer que seja a situação que você se encontre, pelo menos um flare simétrico tem que ser executado. Pousar sem flare ou com uma execução mal feita é perigoso!
(Imagem por Alê Gesta)

4- Pouso sempre com vento de nariz

Com certeza essa é uma prioridade, mas não é a mais importante. Pousar com vento de nariz  (direção contrária ao vento, observar a biruta) facilita bastante, diminuindo a sua velocidade, aumentando as chances de pousar em pé. Mas se você priorizar o tópico 4 e colocar o 1,2,3 atrás, vai complicar. NUNCA faça uma curva baixa (curva agressiva de batoque muito próxima ao solo) para tentar pousar de vento de nariz. As chances de se machucar em um pouso com vento de cauda ou vento de través (vento lateral) com um flare simétrico são muito menores do que se estiver no meio de uma curva. Às vezes quando somos os últimos a sair do avião e pegamos aquele PS (ponto de saída) longo, da tempo só de chegar de volta na área, pouso com vento de cauda acontece mais do que a gente pensa.

Se só de falar neste último tópico seu coração começa a bater mais forte, está na hora de procurar um curso de velame e pegar aquela confiança para tomar melhores decisões na hora de pousar.

Bons pousos!

Landing Priorities

Este artigo foi traduzido  da revista de paraquedismo Sky Mag.
Clique aqui para ler o artigo em inglês.

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